A Câmara de Vereadores homenageou nesta terça-feira (24), em sessão solene, os membros da Força Expedicionária Brasileira que combateram na 2ª Guerra Mundial. Os 75 anos da vitória – e, com isso, o fim da 2ª Guerra, são comemorados em 2020. Uma placa alusiva à data foi entregue ao ex-combatente Lindolfo Guilherme Arend, morador de São Miguel do Oeste, que hoje possui 100 anos. Também foram lembrados na sessão os ex-combatentes Guerino Moceliin e Claudino Schutz, ambos vinculados ao 14º RC/Mec, que faleceram recentemente.
O proponente da sessão solene, vereador Everaldo Di Berti, disse que como migueloestino se orgulha de ter um ex-combatente como o sr. Lindolfo Arend na cidade, e lembrou que o pracinha participa ativamente de eventos no Exército. Di Berti ressaltou que, devido à pandemia, a sessão teve de ser adiada (inicialmente, seria realizada em maio) e foi feita de forma mais modesta. O presidente da Câmara lembrou ainda da importância de homenagear pessoas em vida.
O coronel Carlos Alberto Moutinho Vaz, comandante do 14º RC/Mec, agradeceu à Câmara e à equipe do Regimento que organizaram essa homenagem. Ressaltou que em razão das restrições impostas pela pandemia, passará o comando do 14º RC/Mec ao tenente coronel Rodrigo Kluge Villani em uma solenidade fechada ao público, marcada para os próximos dias.
Vaz apresentou um histórico da Força Expedicionária Brasileira. Ressaltou que o objetivo era fazer o evento inicialmente próximo ao dia 8 de maio, quando se comemora a vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial; e próximo do dia 26 de abril, quando Lindolfo Arend completou 100 anos de vida. “Somos um dos poucos municípios do Brasil que tem a honra e o privilégio de ter um herói da FEB como um dos seus ilustres munícipes”, afirmou.
“Os feitos heroicos da nossa Força Expedicionária Brasileira podem ser dimensionados. Temos a gratidão do povo italiano que foi libertado da tirania pelos nossos pracinhas; o reconhecimento dos comandantes aliados, principalmente as tropas norte-americanas, às quais nossos combatentes foram subordinados durante a campanha da FEB; e até mesmo na descrença dos comandantes das tropas inimigas de que o Brasil estivesse à altura desse desafio”, acrescentou o comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado.
Por fim, Carlos Alberto Moutinho Vaz explicou a origem do símbolo da Força Expedicionária Brasileira, que é uma cobra fumando. “Com a situação que vivíamos na década de 1940 no Brasil, houve quem dissesse que seria impossível preparar, treinar, equipar e enviar uma tropa para atravessar o Oceano Atlântico e enfrentar o inverno rigoroso, gelado, lá na Itália; um inimigo com larga experiência em combate, muito bem armado e equipado, tenaz, aguerrido. Chegou-se a comentar – por aqueles que desconheciam a fibra do soldado brasileiro – que seria mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil atravessar o oceano e enviar a sua força expedicionária para a guerra. Mas desde aquela época o Brasil era um país que prezava pela democracia, pela liberdade, pela justiça, e jamais poderia aceitar a injusta agressão que sofreu, principalmente com o afundamento de nossos navios mercantes. Então o que aconteceu? A cobra fumou. A nossa força expedicionária atravessou o Oceano Atlântico, foi lá, combateu, e escreveu na nossa história com sangue, com suor, com lágrimas, esse episódio marcante, e provou assim o valor do soldado brasileiro.”
Mín. 18° Máx. 23°
Mín. 17° Máx. 25°
Sol com muitas nuvens e chuvaMín. 17° Máx. 27°
Sol, pancadas de chuva e trovoadas.